quinta-feira, 5 de julho de 2007

Primeira prova da UERJ e as demais que virão

Uerj: 1º exame de qualificação 2008 reprova 54,17% dos inscritos

A Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) liberou o balanço das aprovações do 1º exame de qualificação 2008. Foram reprovados 54,17% dos 61.877 candidatos que fizeram as provas -- no total, 33.518 inscritos. Para ser aprovado e habilitar-se para a prova discursiva (2ª etapa), o estudante teve de acertar pelo menos 40% da prova.Dos aprovados, apenas 606 (0,98%) tiveram conceito "A". No conceito "B", enquadraram-se 2.753 candidatos (4,45%); no "C", 7.823 (12,64%) e, no "D", 17.177 (27,76). O exame, realizado no dia 17 de junho, teve 60 questões de conhecimentos gerais, das disciplinas do ensino médio. No total, 66.775 candidatos se inscreveram; no entanto, a prova teve abstenção de 6,92% (4.623 faltaram).


Prova de geografia exige conhecimentos gerais

Dica 1Em primeiro lugar, é preciso entender que a prova de geografia é uma verdadeira prova de conhecimentos gerais. Na primeira fase, se cobra mais o conhecimento menos específico, mais genérico. Pede-se também que o vestibulando domine os conceitos básicos de geografia. Por isso mesmo, você precisa estar bem informado e atualizado dos assuntos que andam ocorrendo no mundo. Recomendo que faça uma leitura freqüente de jornais, revistas e outros meios.

A primeira questão, 44, abordava a interpretação da linguagem dos mapas, onde a leitura da legenda faria o aluno chegar ao resultado

A questão 45 trata de um tema muito cobrado nas provas, a passagem da velha ordem bipolar (entre 1945 e 1989) para a nova ordem multipolar. Repare que a multipolaridade do mundo indica três centros principais de poder no mundo: os EUA (América), a Alemanha (UE) e o Japão (Pacífico), mas a questão trata da unipolaridade ou do chamado Novo Imperialismo, que tem os EUA como principal centro militar do globo. Uma outra característica da globalização são os movimentos de resistência à homogeneização cultural e econômica, os chamados conflitos regionais ou enclaves à globalização.

A questão 46 é uma outra de leitura de enunciado e interpretação de linguagens – no caso, a fotográfica e a charge. O detalhe de toda prova da UERJ é que uma ou mais alternativas podem conter afirmações corretas, mas que não dizem respeito ao enunciado proposto, o que deve ser descartado pelo aluno, eliminando dúvidas.

A questão 46 contem uma arapuca, porque o país desenvolvido que apresenta a maior população urbana do mundo não é o Japão (130 milhões de pessoas, taxa de crescimento de 0,15% a.a., expectativa de vida superior à 80 anos), mas a dos EUA (300 milhões de pessoas, 1,03% a. a., expectativa de vida um pouquinho menor que a do Japão . Detalhe: o crescimento demográfico nos Estados Unidos se deveu principalmente ao aumento da população hispânica, tanto de imigrantes como de latinos nascidos no território americano).

Outro detalhe: as megacidades (21) do mundo estão localizadas principalmente nos países em desenvolvimento (17);

OBS. Ver página http://www.ibge.gov.br/paisesat/, sobre dados e informações sobre todos os países do mundo. Dica 2Tradicionalmente, existe uma divisão das questões de geografia geral nas provas. Normalmente essa divisão se faz pela geografia geral, em que o assunto é mais importante, enquanto que a localização passa a segundo plano. Um outro exemplo de divisão da prova de geografia é a geografia regional, em que o local é mais importante, enquanto que o tema passa a ser secundário. Ultimamente, vemos que a geografia geral tem sido mais cobrada do que a geografia regional. Essa é uma tendência que vem prevalecendo principalmente nas três últimas provas da Fuvest. Um outro tipo de tendência que a gente vem percebendo é o inter-relacionamento dos temas ou assuntos. É muito comum aparecer uma questão que aborda geografia física pedindo um conceito de geografia humana, ou uma questão de geografia humana em que se pede também algum conceito de geografia econômica ou da história. Dica 3A prova de geografia requer sempre do vestibulando que se faça o estudo, a análise, a interpretação do espaço. Então, o candidato precisa ter em mente que deve estudar sempre analisando mapas, gráficos, tabelas, esquemas, pois essas são ferramentas importantíssimas da geografia. É preciso estabelecer também uma relação entre causa e efeito. Muito provavelmente, o vestibular vai estar atrás da causa ou do próprio efeito do fato analisado.
Muito importante, importante mesmo, é que o vestibulando não deixe a prova de geografia para o final, e que ele deixe o tempo necessário para que ele possa analisar cada questão. Eu tenho visto nos últimos anos - e até em conversa com vestibulandos - candidatos deixando a prova de geografia por último, por achar que já dominam o assunto. E muitas questões estão sendo respondidas de última hora, não havendo tempo para escolher a melhor alternativa. Por isso a gente pede: não deixe para resolver as questões de geografia por último. Dica 4
Estatisticamente, os temas mais cobrados têm sido os de geografia humana, nos últimos vestibulares. Por exemplo: o IDH, que é o Índice de Desenvolvimento Humano, um dos fatores que a ONU vem usando desde a década de 90 para melhor avaliar as populações, tem caído com certa freqüência. Outro fator que as provas tem cobrado com uma certa freqüência são os indicadores sociais, do tipo crescimento natural, esperança de vida, dos países de Primeiro e Terceiro Mundo, sempre pedindo para fazer comparações e identificação do tipo de país. Os chamados “objetivos do milênio” são abordados direta ou indiretamente.Outro exemplo de assunto que tem sido pedido nos últimos vestibulares é o da geografia física, como por exemplo as questões de clima associadas a modificações do fator natural ou mesmo a temas da atualidade, por exemplo o El Niño. A questão do meio ambiente também é um tema bastante recorrente dos últimos vestibulares, especialmente em relação a degradação desse meio ambiente pela intervenção humana inadequada e problemas como efeito estufa, lixo urbano, poluição das águas ou inversão térmica.

Dica 5Fazendo agora uma espécie de futurologia, vamos tentar adiantar alguns assuntos que poderão ser cobrados neste ano. Como já dissemos em dicas anteriores, a prova tem cobrado muitas questões de atualidades, inclusive usando como fonte jornais, revistas, fragmentos de texto ou até mesmo gráficos e tabelas publicados nesses meios de comunicação. A prova da UERJ desse ano trabalhou com muitas fontes do Jornal o Globo, como no texto do Veríssimo da questão 45.
Agora, em relação aos assuntos que poderão ser cobrados este ano, é muito importante que o vestibulando tenha em mente a questão dos conflitos, por exemplo, que ocorreram este ano no Iraque. Mais um exemplo de questões importantes que poderiam ser abordadas são as crises recentes da China, que assustaram as bolsas mundo afora . E também, talvez, uma questão que aborde a relação dessas crises com situação econômica atual do Brasil. Outro exemplo: a queda das bolsas, que está relacionada com os assuntos anteriormente citados. Um bom exemplo também de um assunto que poderia ser cobrado, é o da fusão de empresas e bancos, uma característica muito comum hoje na nova ordem mundial e na globalização do sistema capitalista.

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