segunda-feira, 26 de março de 2007

Planejamento Familiar na China

China oferece planejamento familiar gratuito a imigrantes rurais
Agência EFE

O serviço de planejamento familiar será gratuito para os 150 milhões de habitantes das zonas rurais que migram para as cidades chinesas, para garantir o cumprimento da política de um só filho, informou nesta quinta-feira a agência estatal "Xinhua".O rápido aumento da imigração tem se mostrado um problema para controlar o crescimento da população, afirmou Zhang Weiqing, diretor da Comissão Nacional de População e Planejamento Familiar.A população imigrante é responsável por 60% das crianças que nascem à margem da política do filho único. Por isso, a partir de agora os custos de planejamento familiar deverão ser assumidos pelos Governos locais, explicou Zhang.Além disso, serão reforçadas as medidas para registrar os imigrantes que chegarem às grandes cidades para trabalhar.

2 comentários:

TERRAVISTA - MARCELUS SILVEIRA disse...

Mais sobre a China

China reprime "noivas fantasmas"


Três criminosos mataram mulheres e as venderam para que fossem enterradas
ao lado de solteiros

Informação de jornal chinês relata prática em Província isolada; crença em
outra vida após a morte exige a noiva ao cadáver masculino

DA REDAÇÃO

O jornal chinês "Legal Daily", especializado em assuntos penais e legais,
informa que três cidadãos foram presos por matar e comercializar "noivas
fantasmas". Eram mulheres solteiras, compradas vivas com a promessa de
casamento, mas que foram em seguida assassinadas para serem enterradas ao
lado de homens adolescentes e solteiros, para assim acompanhá-los na vida
eterna.


O costume de providenciar noivas, mesmo já mortas, para homens defuntos é
reprimido pela legislação chinesa, mas bastante comum em aldeias isoladas
da Província de Shaanxi, ao norte da China. Outros países asiáticos, como
a Malásia, também têm por hábito sepultar casais que não se conheceram em
vida, para que o homem não se sinta na outra vida desprestigiado pela
ausência de uma mulher ao seu lado.


O casamento após a morte é chamado em chinês de "minghun". Seria
teoricamente fácil encontrar a mesma quantidade de cadáveres dos dois
sexos. Mas em algumas regiões rurais da China há um déficit de mulheres,
que procuram empregos em áreas urbanas.


Além disso, em todo o país, o aborto de fetos do sexo feminino levou a
população masculina a se tornar bem mais numerosa. A agência de notícias
Xinhua revela que em 2005 nasceram 118 meninos para cada grupo de 100
meninas.


Essa desproporção torna o cadáver feminino moralmente mais valioso e
financeiramente mais caro. É por isso que os pais de garotos mortos tentam
comprar no mercado clandestino cadáveres de noivas fantasmas.


Os casos relatados pelo "Legal Daily" ocorreram no final do ano passado.
Yang Dongyan, 35, pequeno agricultor, disse ter "comprado" uma jovem com
problemas mentais pelo equivalente a US$ 1.600, para revendê-la como
noiva.


Mas um agente funerário, Liu Shenghai, disse a ele que, se estivesse
morta, a garota valeria muito mais. Dito e feito. Ela foi assassinada, e
seu corpo, vendido por US$ 2.077.


Entusiasmado com a rapidez do lucro, Yang intermediou um outro cadáver e
em seguida matou uma prostituta que costumava freqüentar. Conseguiu,
porém, vender o corpo dela por apenas US$ 1.000, porque ela "era muito
feia e já estava um pouco mais velha".


O corretor disse ter apreciado o lucro rápido. E afirmou que recomeçaria
novamente caso não tivesse sido preso -em companhia do agente funerário e
de um terceiro cúmplice, Hui Haibao, encarregado de matar as vítimas.


Embora desconhecendo o homicídio, o "New York Times" relatou o costume
chinês - para os ocidentais uma bizarra aberração- em reportagem publicada
em outubro último.


As famílias camponesas chinesas são patrilineares. A mulher pertence à
família do homem com quem se casou. Caso um homem morra adolescente (com
12 anos ou mais) ou excessivamente idoso, sem nunca ter-se casado, sua
linhagem na próxima vida estaria, segundo a crença, comprometida.


É por isso que, desde tempos imemoriais, famílias camponesas praticam a
troca ou o comércio de cadáveres. Familiares mais pobres simplesmente
sepultam junto o casal que não se conheceu em vida. Os mais ricos fazem
ceia com carne de porco ou de carneiro.


O jornal conta que no ano passado um camponês surpreendeu "corretores" que
tentavam desenterrar o corpo de sua mulher recentemente morta para
vendê-lo à família de um jovem defunto.


Narrou também o desespero de uma mulher cujo irmão morrera havia pouco e
que tentou comprar o cadáver de uma garota de 15 anos, abandonado num
hospital de sua região.


[da lista PopPobrezaABEP]

TERRAVISTA - MARCELUS SILVEIRA disse...

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VINTE MILHÕES DE FILHOS DE IMIGRANTES RURAIS VIVEM LONGE DOS PAIS NA CHINA

Pequim, 29 jan (EFE).- Mais de 20 milhões de filhos de imigrantes rurais vivem com seus avôs, outros familiares e às vezes sozinhos, devido às restrições do Governo para evitar que eles se transfiram com seus pais às cidades, informa hoje a imprensa local.

Em províncias agrícolas como Anhui (leste), mais de 20% das famílias com filhos emigraram sem levar seus descendentes, na maioria dos casos, e o número não deixa de aumentar, segundo um estudo do Comitê Nacional de Crianças e Adolescentes.

Fracasso escolar e queda na delinqüência são alguns dos problemas comuns entre estas crianças, algumas das quais emigram por conta própria às cidades.

"Se o Governo quiser ajudar estas crianças, deve primeiro fazer com que seja mais fácil para elas estudarem nas cidades onde seus pais trabalham", ressaltou Yu Zupeng, um dos autores do relatório.

Cerca de 140 milhões de chineses se transferiram às grandes cidades, onde trabalham em setores como a construção e a limpeza, mas os que decidem levar seus filhos encontram várias limitações para garantir direitos básicos como a educação.

Se um pai quer que seu filho seja aceito em uma escola pública têm que demonstrar, em primeiro lugar, que nenhum parente pode cuidar da criança em seu lugar de origem, disse recentemente à Efe a diretora de uma das escolas para imigrantes rurais de Pequim,
Hong Zheng. EFE